domingo, 5 de junho de 2011

A d.,

Por aqui as coisas vão bem sem você. Apago as luzes como me recomendaste e não gosto. Maria da penha também não enfrenta sem receio o seus próprios passos. Imagines tu, a falta que ela me faz. Minha avó e as escolhas que a deprimem.

Até quando ficas aí? As pessoas perguntam e já não sei mais o que falar, pior que a inveja da gêmea malsucedida. Se puderes, traz-me um bom fado português momerizado, como bem fazes.

Acordei tarde hoje, amigo, e meu primeiro cigarro do dia foi à noite. Não te preocupes, eu mesmo faço isso.

Minhas mãos ainda estão ásperas, mas minha testa está menos enrugada. Ando rindo pouco.

Beijos amargos de café,
J.

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